Queridos filhos!
Hoje, diante da paz que é Jesus, neste Vale de oração – lugar de fé e de esperança – refletimos sobre a esperança, a esperança que Jesus é para nós. A esperança que Jesus representa para nós, pois Ele é o caminho, é a brisa mansa que chega até nós para tranquilizar os corações aflitos.
Esta Sexta-feira Santa nos leva a uma reflexão dolorosa, sublime. Se o homem não tivesse experimentado o amor de Jesus, que deu a vida por todos, hoje vocês não teriam paz. Não teriam alegria. Não teriam felicidade nem esperança. Não teriam a certeza de que, com Deus, tudo é possível! Como Jesus nos falou, o que impossível aos olhos, é possível para aquele que acredita.
O momento em que vocês vivem – ano das missões e das comunidades – é de dor. É um ano difícil para o mundo e para o Brasil, onde cada um está colhendo sofrimento em seu país. Sofrimento esse que é causado pela falta de Deus, pela falta de oração, de fé, de comunhão e de fraternidade. Mas, esta Sexta-feira Santa é a esperança, pois, Jesus lhe ama. Ele morreu por você. E Ele fez isso com amor! Ele fez isso com amor.
Jesus amou a vontade do Pai. E, hoje você está aqui, tendo a graça de estar em um local abençoado, num lugar abençoado, em que tem a bênção de orar e de suplicar a Deus a misericórdia. Em que você tem a graça de ter uma experiência com o Céu, com o amor de Deus.
Não existe uma prova de amor mais linda do que Jesus. Como Jesus ama vocês, filhos!
Vivemos também um momento no qual vemos a grande ira do mal – como o demônio está furioso. Estamos diante de uma batalha. Vejo que muitas pessoas perderam o brilho da fé. Não conseguem fazer uma sexta-feira de silêncio, de jejum, de oração.
O homem está colhendo o sofrimento porque ele está desrespeitando o sagrado. Este dia de hoje é profundamente sagrado para o filho de Deus, para aquele que ama a Deus. Porque, se não fosse Jesus e o amor dEle, nenhum de vocês estariam de pé. Se vocês ainda têm condições de estarem fortes, é porque Jesus está conosco. Não estamos sozinhos. Jesus se coloca à frente de vocês e mostra que Ele é o caminho. O amor que Jesus nos transmite é plenamente humilde. Plenamente humilde.
Nós, muitas vezes, queremos dizer: “Mestre, onde você está?”. E Ele vem até nós na brisa mansa, mostrando que está no meio da natureza, tão perto de nós, através de coisas tão simples. E, muitas vezes, você não consegue ver Jesus em sua casa, nem em sua comunidade, nem no coração daqueles que estão mais perto de você – a sua família, que é o jardim de Deus, o presente maior.
Quando Jesus deu a sua vida por nós, Ele amou. Ele amou cada um! Ele nos colocou bem próximos dEle, da sua graça, da sua compaixão, da sua redenção. E neste momento, Jesus nos coloca nas Entranhas de seu Coração, mostrando que nós precisamos da misericórdia.
Os tempos de batalha chegaram. Os tempos difíceis estão aí. Ninguém vai ter como fugir disso, filhos! Mas, vamos ter como nos defender nessa batalha. Não podemos fugir dela, mas vamos poder nos defender dela. Mais uma vez, a grande arma que temos é a oração. Oração pelos jovens e pelas crianças, para acender a chama, a luz do Divino Espírito Santo. Para termos mais fé, mais sabedoria. Para acreditarmos mais.
O homem já não vive mais uma sexta-feira santa. Já não busca mais ter respeito a Deus. Na medida em que você planta, você colhe. Na medida do desrespeito, você vai ver também o sofrimento. Mas, você ainda não viu o princípio do que é sofrimento. Se a humanidade tiver de colher todo o sofrimento que tem plantado, muitos de vocês desejarão não estar na Terra. É muito sofrimento, filhos!
Mas, nós temos a esperança. E essa esperança é Jesus! Jesus está aliviando o sofrimento maior. Ele está nos defendendo desse sofrimento maior. Ele está nos dando a bênção de nos encontrarmos em profundo estado de graça.
Quando você está em estado de graça, está mais preparado para vencer o sofrimento. Quando não está em estado de graça – que é um coração lapidado pela oração – você não consegue passar por uma prova sequer. Quando a prova vem, você imediatamente faz barulho.
Por isso, devemos meditar sobre Jesus silencioso. Passando por uma grande prova, sofrendo, Ele foi silencioso. Porque Ele é Deus e nos manifestava toda a ação do Pai, que é o amor do Pai e a luz do Espírito Santo. Em seu Coração, o infinito amor pelo mundo. Sempre silencioso. Sem desespero. Cheio de compaixão.
Ao contrário do que a humanidade tem feito hoje, não vive o silêncio. Mas, vive o barulho, a discórdia e a violência. Não sabe olhar a situação presente, no momento presente, no momento atual, e vencer isso com oração e silêncio. Vencer com a mesma suavidade que Jesus Cristo teve para carregar aquela cruz e suportar toda aquela humilhação, sendo fiel àquilo que o Pai designou para o Filho.
Muitas vezes, você não tem essa suavidade na vida em comunidade. Refletimos pouco sobre o que é uma comunidade. Infelizmente as comunidades estão divididas, não têm a suavidade de Jesus para unir o rebanho, para conduzir o rebanho. Feliz a comunidade que está se unindo, promovendo a união. Esse é grande ensinamento de Jesus. O grande Mestre trouxe para o mundo a união, trouxe a fraternidade.
As comunidades precisam ser comunidades missionárias, trabalhar em comunhão. Devem evitar que a inveja, o ciúme, a mentira, a vaidade humana, o ego humano as divida a essência do que Cristo quer dentro das comunidades. O trabalho das comunidades é levar Cristo que é a esperança.
Esta Sexta-feira Santa nos renova a esperança. Depois do que Jesus fez, e continua fazendo por vocês, nesta caminhada deste ano missionário, Ele nos coloca a trabalhar, a ser obra viva, a ser uma família que cuida do jardim. Ele nos leva a ser Igreja que promova a esperança, a fraternidade e a igualdade dando as mãos. Ser uma comunidade que se junte, que dê as mãos pela construção de um mundo novo, de um mundo melhor.
O mundo tem tantas cicatrizes de dor, tantas feridas na alma, as quais só Jesus pode curar. Há tantas crianças que já nascem com essas feridas devido ao desamor, a falta de carinho e a falta de proteção.
Cristo quis que tivéssemos uma vida plena, uma vida sublime. Jesus é a esperança do mundo, de um mundo melhor, de um mundo novo. É a esperança para a transformação, porque Ele é transformação. Jesus pode curar essa dor que hoje está tão presente no mundo. É uma ferida que está aberta dentro dos lares e dentro das comunidades.
Temos uma missão de apóstolos – como Jesus quando convidou aqueles apóstolos para pescar almas – vamos levar o amor. Ele nos convida hoje também. Convida os pais e os jovens, que vieram de tão longe para viver este retiro santo. Vieram viver essa experiência única de uma Sexta-feira Santa com Deus – que acende essa fé viva que é lapidada e edificada em seus corações e almas, que têm sede de Deus, sede de Cristo, sede de vitória.
Jesus nos conscientiza que o homem está vivendo muitas batalhas por falta de união, por falta de amor. Muitas vezes, você olha e se vê perdido na escuridão e pensa: “Quanto tempo eu perdi”. Tenho certeza que muitos de vocês já fizeram essa experiência de olhar e refletir: “Quanto tempo eu perdi! Quanta coisa boa eu perdi! Quanta graça eu perdi, se Deus quer somente a minha felicidade”.
Você talvez culpou alguém, fez guerra com alguém, enquanto Deus é a paz. E, aquele coração que estava ali ferido, inquieto, doente, estava precisando unicamente de cura e libertação, de ser exorcizado.
Jesus nos ensinou a ter uma fé tão grande que quanto mais batalhas enfrentarmos mais fortalecida fica a nossa fé. Não é nos momentos fáceis que você se torna forte, mas, sim, nos de dor. Sua fé se fortalece na hora em que você vê o sofrimento, em que vê a enfermidade, em que vê a perda, em que vê que nada saiu como você planejava, em que, você, está precisando de uma palavra amiga. Nesses momentos você se dá conta do quanto Deus lhe fez forte. É nos momentos de sua fraqueza, que você conhece a sua fortaleza. O homem precisa ter a experiência de viver essa fortaleza.
Por isso, foi que Jesus disse: “Eu amo vocês!”. Na vivência desta semana santa tivemos a certeza de que Jesus nos ama. Tivemos a grande graça de sentir o quanto Jesus nos ama. Vimos o que Ele fez por nos amar, por querer tão bem a nossos corações. Vimos o que Ele desejou que tivéssemos.
Naquele momento em que carregou aquela cruz, que morria, Ele desejou que nós tivéssemos aquilo que não tínhamos: libertação, vida e felicidade! Apesar disso, vocês ainda perecem sob um mundo de escuridão, são prisioneiros; enquanto Jesus é o seu libertador e quer lhes dar um bem maior.
Ninguém lhes ama como Jesus lhes ama. Ninguém lhes quer tão bem quanto Jesus. De repente, vocês se vêm sob as migalhas, se arrastando, sendo prisioneiros de sofrimentos dos quais Jesus morreu na cruz para que vocês não os tivessem. Ele disse: “Pai, perdão! Eles não sabem o que fazem”. Quantas vezes em suas vidas Jesus lhes perdoa, mas vocês estavam cegos, pensando-se donos da verdade, mas estando longe dela e com a visão conturbada pelo maligno.
O mal ilude e seduz vocês, por isso, precisam ter um coração que tenha a fonte de graça.
Esta Sexta-feira Santa nos levanta, filhos! Talvez vocês nunca tiveram a graça e a felicidade de refletir o quanto Jesus nos deu vitória com a sua morte na cruz. Quem estava morto era o homem, que só adquiriu vida quando Jesus morreu na cruz. O mundo estremeceu. A Terra reconheceu que precisava do Salvador. Hoje Jesus quer a mesma coisa para o mundo, quando Ele diz que lhes quer dar tanto, enquanto vocês querem se arrastar por aquilo que não é nada.
O que o demônio tem feito hoje na vida de vocês?
Vocês estão vazios, há tantos suicídios, tantas provações, tantas tristezas. As pessoas já não mais amanhecem o dia dizendo: “Obrigado Senhor pela vida, por este dia, por este presente, por esta graça, por esta missão!”.
Vocês estão há tantos anos vivendo uma missão na qual aprenderam o valor da oração, da Eucaristia, dos apostolados de evangelização, do ser missionários. A missão de vocês inclui se abraçarem, partilharem e receberem a Santa Eucaristia, na qual Jesus é o milagre das nossas vidas. Jesus é um milagre transformador.
Que este dia, que este momento, que esta sexta-feira santa restaure em nós o milagre do nosso Salvador. Que você coloque aqui o seu coração. Há tantos de vocês fisicamente vivos, mas espiritualmente mortos. Sem Deus, sem fé, sem religiosidade, sem luz, sem horizontes e perdidos no mundo.
As pessoas dizem: “Eu preciso do ouro, eu preciso da prata”. Mas o bem maior é Jesus, é a vitória de Jesus, é a glória de Jesus. Um dia isso tudo fica para trás, e Ele estará à sua frente esperando por você para lhe dar a vida eterna.
O que Jesus quer de nós, filhos? Se fosse só a Terra, só matéria, ele não teria morrido por cada um. Jesus quer nos dar a vida eterna. Abramos os nossos corações, façamos agora um momento de reflexão, pedindo a Deus perdão, pedindo a Deus misericórdia.
Com grande carinho quero dar-lhes a minha bênção.
Neste momento, Nossa Senhora abençoa todos, enquanto cantam: “Dai-nos a bênção...”
Queridos filhos!
Eu lhes abençoe com carinho nesta sexta-feira que nos faz ver além. Muitos conseguem fechar os olhos e ter, no íntimo do seu coração, a visão de Jesus morto naquela cruz. E se esquecem de ter a visão da libertação que Jesus nos concede pela morte de cruz. A libertação da qual precisam as famílias, os jovens, as crianças, todo o povo de Deus. A libertação das misérias que sufocam as comunidades impedindo as pessoas de fazer deste mundo, um mundo de justiça, de igualdade e de fraternidade.
Devemos ter a visão do nosso Salvador nos trazendo misericórdia. Misericórdia para que possamos construir um mundo de paz, de alegria e de luz, em especial para todos os corações que estão hoje sedentos por essa brisa mansa que é Jesus – a nossa esperança.
Tenhamos a certeza de que, com Ele, junto do Pai e do Espírito Santo, alcançamos a plenitude eterna! Amém!
Quero desejar-lhes paz. Continuem fazendo reflexões, adorações, jejuns e agradecimentos, abrindo a porta de seus corações, permitindo que o milagre aconteça na vida de vocês. Que vocês recebam essa suavidade que o mundo precisa.
As flores foram abençoadas para a cura e libertação de todos os doentes do corpo e da alma.
A todos os aniversariantes desejo paz.
Eis aqui a Mãe de Deus, a Mãe das Dores, e eis que o Senhor me chama!